Modesto Leite

Um pedreiro de Sorocaba, São Paulo, encontrou uma fórmula ultra-econômica de construir a casa própria. Virou até atração turística.

Jovino Modesto é pedreiro, mas não tinha dinheiro para comprar cimento e tijolos. Decidiu usar caixinhas de leite longa vida , pedaços de madeira, bambu e muita criatividade.

Modesto não gastou nem um centavo para fazer a casa. Tudo o que usou conseguiu na rua e também com os vizinhos. Ele juntou o material durante seis meses. Foram usadas 4.040 caixinhas de leite para construir a casa de 50 metros quadrados. Um trabalho de paciência. O pedreiro emendou as caixas, uma a uma, com fios de cobre. Levantou as paredes e construiu o telhado.

“Eu nem acredito que eu tenho uma casa que eu fiz”, comenta Modesto.

Em quatro meses não apareceu nenhuma goteira. O engenheiro Jair Molina, da Associação de Engenheiros e Arquitetos, aprovou a construção.

“O alumínio oferece conforto térmico, resistência, impermeabilidade. Não vai entrar água aqui, pela forma como ele trabalhou”, assegura Molina.

A casa ecologicamente correta virou atração no bairro, na Zona Norte de Sorocaba.

A casa tem tudo pra durar um século segundo o engenheiro. Esse é o tempo que a caixa de leite longa vida demora para se decompor no meio ambiente.

“Foi a coisa mais linda do mundo que eu fiz. Essa aqui é a rainha que eu tenho”, diz Modesto.