2/07/2008

Poesia para um Carnaval sem Fim

sem Fim

Ônibus lotados de cores e plumas circulam os Campos.
Nenhuma fantasia era cinza.
Prata! Que brilho! Que Cidade Luz!
Que Cidade Cuspe, Cidade Cúspide.
Um caralho de cidades!
E mais uma vez SP chorou a morte do samba.
De cada lágrima de suor que cai no tamborim desafinado
ouve-se um som: tá que tá tá tá que tá tum tum…
Cada gota, uma nota, una sola, assim sem dó, sem Tom, Maior.
Choro de vela
Samba velado em cadeiras de rodas
Da multidão da 25 de março aos entregadores de fast food
Tudo zune tudo corre e o samba jazz em pinheiros na contramão
O trio elétrico é dvd, geladeira…
e a alegria da tv como companheira
o shopping como consolo
não se vê morro nem ouro Só prata!
A Rosa de Ouro que busquei me faz falta.
Cai mais um. A cada pau uma lista, a cada paulada uma sina,
que aqui se morre calado em silêncio apressado.
Vai Vai! Se a Camisa já passou é hora de trabalhar.
Na Zona Norte todo ano é assim, alegorias são o nosso jardim
de um carnaval tristemente sonoro e

2 Comments:

Blogger uma garota said...

bem que vc me disse certa vez que ainda ia ser artista... está caminhando bem pelas artes.
belo texto.

11:44 AM  
Anonymous Anonymous said...

e a gente não se viu, hein?!

que zica, amore.

bem, no mestrado continuo firme. acabou amanhã, esse é o plano.

beijinhos todos

será que da semana que vem não passa?

10:12 PM  

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